quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A gestão democrática como fio condutor para ajudar na cumplicidade entre professores e equipe pedagógica


Vanessa De Andrade CORDEIRO

RESUMO: O presente documento tem como objetivo explanar sobre questões relacionadas à Gestão Democrática e a apresentação de um estudo de caso que expõe uma problemática escolar, apresentando justificativa para mesma e também possíveis soluções. Ocorre que nas escolas atuais, a falta de cumplicidade entre os profissionais da educação, bem como, o mal entendimento do que é ser um gestor democrática, acarreta em sérias conseqüências negativas não só para escola, mas principalmente para os alunos. Portanto, é necessário repensarmos enquanto futuros gestores/líderes, sobre a importância do esclarecimento sobre a gestão democrática, tanto em escolas como em empresas, bem como a cumplicidade entre os profissionais da educação.

Palavras Chaves: Gestão democrática, Cumplicidade dos Profissionais da Educação.

Tanto na empresa quanto na escola, a gestão democrática acontece quando as decisões são tomadas em conjunto e as normas que regem a escola forem decididas por todos, fica mais fácil cobrar a responsabilidade dos envolvidos. E para tanto é necessário que se tenha valores, objetivos a serem alcançados, é preciso saber que caminho se quer seguir, entendendo esse movimento como um “mecanismo de representação e participação política” (SPÓSITO 2002, p. 49). Mas, em meio a tudo isso, não se pode esquecer que todos são diferentes, com interesses e objetivos diferentes, e que mesmo em meio a conflitos, pode-se alcançar um consenso para o bem de todos. É preciso que cada membro da comunidade escolar se sinta responsável por transformar a educação para melhor, entendendo que isto é um desafio a ser enfrentado pela mesma.
Não podemos esquecer também, que a gestão democrática está envolta pelas relações de poder, pois, apesar de o grupo não funcionar sem alguma relação de poder, é preciso cuidar para que isso não se torne uma relação autoritária por parte da direção e da equipe pedagógica, como também dos professores em relação aos alunos e o restante da comunidade escolar.
Na revista Gestão em Rede (08/2009, p.3), explana qual é a melhor opção de gestão democrática na escola, sendo esta a participação efetiva a partir dos segmentos escolares: Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Associação de Pais e Mestres. Se todos estes órgãos da escola, empenharem-se no seu papel de tomada de decisão, reflexão e ação dentro da escola, em prol do objetivo final que é a aprendizagem dos alunos, é que poderemos dizer que há gestão democrática, do contrário, não passará de apenas mais um discurso, pois: [...] é essa participação, que compartilha direitos e deveres, que torna uma gestão escolar verdadeiramente democrática com o eixo central na aprendizagem do aluno.”
Assim, enquanto pedagoga, entendo que é fundamental que a comunidade escolar entenda a importância de uma gestão democrática na formação de um indivíduo, participativo, crítico, criativo e envolvido, cuidando para que ela não seja só de “discurso” e de “aparência”. Daí a necessidade de se refletir em conjunto sobre a participação de todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos, funcionários) nas decisões que são tomadas na escola.
A partir destes conceitos, foi escolhido o tema falta de cumplicidade entre equipe pedagógica e professores, para que se possa fazer uma ponte entre a referência bibliográfica e problemas encontrados no cotidiano escolar. Esta problemática está presente em diversas escolas, pois muitas vezes professores reclamam da equipe pedagógica que não lhe dão atenção, ou não ajudam em problemas diversos que acontecem na sala de aula. Há também pedagogos que reclamam de professores que não querem ouvir dicas, ou então sentar para conversar e tentar em conjunto resolver as dificuldades encontradas.
Por isso, a solução indicada foi a chamada tempestade de idéias (Brain Storm), onde é feita uma “tempestade” de problemas com suas possíveis soluções. A falta de cumplicidade era um item dessa dinâmica, para tal dificuldade a melhor solução apresentada foi a de que se deve começar haver mais cumplicidade entre pedagogo e professores na escola. Para tanto, há a necessidade de se responder porquê mais cumplicidade entre professores e equipe pedagógica? R: Porque é através da interação e cumplicidade entre os mesmo é que todo o segmento escolar começa a funcionar efetivamente. A partir do momento que surge o diálogo entre todos, os problemas e soluções emergem, para que possam ser analisados e modificados quando necessário, melhorando assim as condições do “bom” trabalho e também do clima organizacional. Fazendo o levantamento de problemas e soluções que é possível mobilizar todo o grupo escolar, a ajudar na resolução dos mesmos, fazendo com que o coletivo haja em cumplicidade, para que possa alcançar resultados significativos. Tudo isso deve acontecer a todos os momentos, pois é através da boa interação pedagógica que é possível atingir os objetivos finais da educação que é a aprendizagem efetiva dos alunos, além de promover uma maior valorização dos profissionais da educação e seus educandos.

REFERÊNCIAS
CORDEIRO, Vanessa de Andrade. A organização do espaço escolar. UFPR, Curitiba, Dez, 2009.
GESTÃO EM REDE. Gestão Democrática: Para fortalecer os conselhos escolares.Brasília: CONSED- Conselho de Secretários de Educação. – Agosto 2007.
MUHLSTEDT, Alexandro. Artigos sobre pedagogia escolar: administração escolar. Curitiba-PR, Nov. 2009.
Spósito, Marília Pontes. Educação, gestão democrática e participação popular. Rio de Janeiro: DP7A, SEPE, 2002.


Gestão de Finanças Escolares



Alessandra R. de Vasconcelos BASTOS


Resumo: A realidade da gestão escolar tem exigido cada vez mais que seus gestores estejam bem preparados para enfrentar as necessidades pertinentes as escolas, sejam elas de rede pública ou privada, em especial quanto à gestão de recursos financeiros.Sob este aspecto, há a necessidade de se ter processos organizacionais para que o setor de recursos financeiros da escola seja eficiente, de modo a proporcionar um ensino de qualidade, com transparencia e compromisso. Além de cumprir todas as obrigações legais, funcionais, operacionais que cabem a ela. Sendo ela de gestão pública ou privada, deve – se aplicar os princípios básicos da administração: legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade.
Palavras-chaves: gestão financeira, administração pública e privada.


A transformação da escola em unidade de despesa representa a autonomia a ela dada para gerir seus recursos financeiros. Sendo assim, a escola passa a ter mais responsabilidades técnicas, legais e administrativas.
Essa transformação que representa a primeira etapa na mudança do atual padrão de financiamento da educação tem como objetivo dar autonomia financeira às unidades escolares.
Gadotti (1990-p176) diz que “[...] não podemos separar a idéia de autonomia e sua significação política e econômica, isto é, da capacidade de decidir, dirigir, controlar, portanto, de autogovernar-se, de ser pleno cidadão[...]”
As escolas são unidades administrativas que podem pertencer às estruturas diferenciadas, de acordo com a forma de governo ao qual estão veiculadas, em especial quanto à gestão de recursos financeiros.
É importante que o próprio gestor realize a gestão financeira numa atitude consciente e comprometida com a realidade escolar, e perceba a gestão financeira como uma de suas competências. Para isso, deve seguir as etapas fundamentais da gestão financeira que são:
1- Planejamento,
2- Execução e
3- Prestação de contas.
A escola pública faz do sistema de administração pública da educação e tem o dever de cumprir todas as obrigações legais, funcionais, operacionais que cabem a ela. Sendo ela de gestão pública, deve – se aplicar os princípios básicos da administração pública: legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade.
É responsabilidade de o gestor aplicar com maior compromisso esses princípios.
Um modelo de plano de aplicação de recursos e as classificações que as despesas recebem, onde devem conter:
1- O titulo projeto; o período de execução (inicio/ término);
2- Identificação do objeto (com o que será gasta) justificativa da proposição (explicar a necessidade de se gastar com o objetivo);
3- Cronograma de execução (meta, etapa ou fase);
4- Plano de aplicação (valor em R$);
5- Cronograma do desembolso (data e valor em R$ que serão gastos as recursos).
Assim, o gestor sente – se mais seguro para realizar de forma mais eficaz a gestão financeira da sua unidade escolar.
Se os recursos financeiros recebidos pelo poder público não forem suficientes, cabe ao gestor buscar fontes adicionais de recursos para manter o bom funcionamento da escola num processo de descentralização administrativa que enfatiza a autonomia de gestão das escolas.
É necessário que o gestor tenha em mãos um quadro geral da situação da escola, bem como da comunidade na qual está inserida. Primeiro, para saber de quanto à escola dispõe em recursos financeiros e de quanto necessita; em segundo, para conhecer melhor os principais setores econômicos da comunidade e identificar as possíveis fontes alternativas, de recursos financeiros, sejam elas ligadas aos pais de alunos, ao comércio local, a indústrias e empresas locais, agentes comunitários, etc.
Isso é o que chamamos de parceiras. Desta forma, fica mais fácil para gestor criar estratégias de captação de recursos privados. Que somados aos recursos públicos, traz melhorias nas condições de realização do trabalho pedagógico.
Percebe-se que o gestor precisa ampliar seus conhecimentos, adquirir algumas habilidades relacionadas à gestão de recursos financeiros, como elaborar planos de aplicação, quadros demonstrativos de despesas, planilhas e prestação de contas, para poder atuar corretamente na gestão financeira, além de proporcionar um ensino de qualidade com transparência e compromisso.

Referências:
PROGESTÃO: Como gerenciar os recursos financeiros? Módulo VI. Ana Maria de Abulquerque Moreira, José Roberto Rizzotti; coordenação geral Aglaê de Medeiros Machado. - Brasília: CONSED- Conselho de Secretários de Educação, 2001.
PROFISSÃO MESTRE: Administração escolar – um negócio chamado educação páginas14 e 15 – Dezembro 2004. Ed. Humana Editorial.
GESTÃO EM REDE: Programa Dinheiro Direto na Escola e o Processo de Gestão Participativa. Páginas 12 a19. Brasília: CONSED- Conselho de Secretários de Educação. – Junho 2007.

Planejamento, um documento essencial para a prática docente




Gabriela Sousa da SILVA

Resumo:
Um dos problemas existentes na prática docente é a falta de planejamento por parte dos professores, que, por segurança acabam realizando as atividades em sala de forma improvisada e muitas vezes deixam de passar determinados conteúdos para que não precisem comprometer-se com a correção e com o “trabalho” de ensinar algo novo para seus alunos.
Levando em conta essa situação, o presente texto mostra as principais funções do planejamento e como este documento pode auxiliar na prática docente, enriquecendo o trabalho do professor e fazendo com que conteúdos sejam cumpridos.

Palavras-chave: Planejamento, plano de aula.

O planejamento do professor é algo que direciona seu trabalho de forma organizada a fim de cumprir os conteúdos previstos e está presente no dia-a-dia em forma de plano de aula.
O professor é o autor do planejamento, fazendo-o de forma clara e adequando o conteúdo e dinâmica à realidade dos seus alunos.
Esse documento é feito semanalmente. Há instituições que optam em fazê-lo mensalmente, quinzenalmente ou até mesmo, semestralmente.
Preferencialmente, esse planejamento deve ser feito na escola, no horário em que o professor não esteja em sala ministrando aula.
Todo o documento serve para aproveitar o tempo da aula, assegurar a qualidade do conteúdo a ser passado (pois sendo analisado pela coordenação, pode sofrer melhorias). Serve também para a organização interna da escola, separando materiais solicitados com antecedência e /ou reservando espaços para aulas ministradas com outra dinâmica.
O mesmo pode ser feito em caderno, fornecido pela escola, o qual deverá ser anexado semanalmente o plano do professor.
O planejamento assegura o cumprimento das atividades, pois uma vez que algo está planejado, respeitando a proposta da escola, o professor deve segui-lo.
O professor que não tem o planejamento adequado, ou realiza as atividades em sala de forma improvisada, recolhe resultados negativos no decorrer do ano. Algo bem planejado pode facilitar a prática docente de forma com que seja possível organizar atividades extras, de fixação de conteúdos e até mesmo atividades de recuperação..
Para que o professor possa desenvolver um bom trabalho em sala é necessário fornecer um planejamento modelo para esse profissional, juntamente com algumas atividades, para que dessa forma, o mesmo possa observar que um planejamento pode nortear a prática em sala, evitando assim atrasos de conteúdos e facilitando para o cumprimento de todo o cronograma.
Também é necessário que a coordenação, juntamente com o professor possam enriquecer esse planejamento, com sugestões. Para que essas sugestões aconteçam, é necessário que reuniões mensais ocorram na escola a fim de trocar experiências e elaborar atividades para determinadas disciplinas, fazendo assim, com que alguns conteúdos sejam melhor trabalhados.



"Árvore" que desencadeou os temas

Na primeira aula, os cursistas foram provocados para, por meio da Técnica Brainstormin (Tempestade de Ideias), escrever os problemas da educação. Em seguida, escreveram o inverso do problema, gerando a solução...
A partir disso, a discussão girou em torno da definição de objetivos.
Para isso utilizou-se a Técnica dos Por quês e posteriormente, a Técnica 5W1H.
Uma vez definidas as possibilidades, os temas foram sendo implementados por meio de leitura de textos de livros e de duas revistas: Gestão em Rede e Profissão Mestre, organizando a linha de pensamento e formatando o posicionamento ante a solução e o objetivo inicialmente propostos.

O resultado pode ser apreciado nas produções dos posts anteriores, tendo em vista a defesa de um argumento ou de um posicionamento.

Vale ressaltar que o objetivo é propiciar a vivência entre teoria e prática, teorizando a realidade e implementando ações para o cotidiano à luz de teorias pedagógicas e legislação.





Políticas Públicas Educacionais ou “Mero descaso”



William Coelho de Araujo FAGUNDES


RESUMO: A presente reflexão tem por objetivo dstacar alguns aspectos das políticas públicas educacionais. A pesquisa mostra por meio de análise reflexiva a importância das políticas públicas educacionais para a sociedade brasileira. Traz como desafio uma quebra de paradigmas na implantação de políticas públicas educacionais nas cidades em situação de vulnerabilidade social. A reflexão se inicia por meio do título deste artigo o qual sugere: Políticas Públicas Educacionais ou Mero descaso. Para tanto, se fez necessário analisar a prática social que vem sendo demonstrada e sugerida pelos meios de comunicação e por autores sociais. Diante disso, é importante também termos uma visão ainda que panorâmica sobre a concepção das políticas educacionais. Buscando explorar os conceitos e teorias, refletir sobre as políticas educacionais e sua influência no contexto educacional. Trago uma proposta sobre a ótica de uma metodologia crítica, reflexiva e avaliativa da visão de uma prática emancipatória no espaço escolar. Com este artigo é possível delinear que as políticas educacionais influenciam e encaminham o sucesso escolar atualmente, ela é a uma das chaves para o crescimento e emancipação sócio-política da sociedade.

Palavras-chave: políticas públicas educacionais, desenvolvimento social e descaso



A sociedade contemporânea recebe intervenções e modificações dia após dia nas questões epistêmicas e morais, a escola é sem dúvida um dos mediadores para que essas mudanças ocorram de forma significativa às necessidades básicas, políticas públicas educacionais causam um efeito sócio-político na sociedade positivamente ou negativamente. O homem pós-moderno vive dias de incerteza, sofre uma descaracterização nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social vítima de concepções de desigualdade social que geram vários problemas no seu desenvolvimento, o mundo contemporâneo reflete o caos e a desordem, o medo e a incerteza estão levando a humanidade a um declínio. As políticas educacionais buscam uma atuação as necessidades reais da população, num contexto vulnerável e desigual. Nessa idéia de suprir e interagir com a comunidade escolar num contexto transformador seria seu papel no aspecto nacional, infelizmente ela não é efetiva em muitas situações elas deixam a desejar. Por meio desta pesquisa foi possível interpretar a influência das políticas educacionais na sociedade brasileira.
Para Freitas (2003 p.16) “uma política pública promove o desenvolvimento do sistema”. Elas facilitam o crescimento de seus participantes a partir de mudanças significativas, essa mudança só é possível acontecer quando os participantes sociais sonham o impossível e realizam o possível. Uma equipe consciente de sua função social na sociedade desempenha um papel emancipador na vida cotidiana de sua comunidade.
Freire afirma (1997) que a escola não é só um lugar de estudo, e sim um lugar para se criar e estabelecer laços de amizade. As políticas educacionais vão interferir na vida da comunidade escolar: elas emancipam o dia-a-dia das pessoas. A política pública educacional deve ter como meta o sucesso escolar de sua comunidade com um ambiente favorável para que todos construam um saber reflexivo e significativo.
Para Dolabela (2003, p.102) “a melhoria das condições de vida da comunidade deve ser alvo dos resultados do sonho individual” o sonho intrínseco é um desafio para os agentes sociais nos dias do hoje, desenvolver uma comunidade é o resultado, a essência do aprendizado colocado em prática. O Brasil deve analisar a educação com olhar transformador, não com fins numéricos para garantir investimento do exterior “é mais que isso”.
Investir em educação provoca uma espécie de efeito diferenciado. Em vez de derrubar, alavanca uma série de setores, a saúde, a habitação, a segurança e por aí vai. Pessoas mais bem instruídas têm empregos melhores, salários maiores e, conseqüentemente pensam suas vidas de outra maneira. Uma população com mais anos de estudo tende a cuidar melhor da saúde e a cometer menos crimes. Muitos especialistas em educação alertam que a relação entre a evolução na qualidade de ensino e a melhora nos índices sociais e econômicos não é tão direta e previsível, mas certamente é consenso entre economistas e educadores que educação de qualidade para todos é condição essencial para o desenvolvimento do país, um resultado em longo prazo, nossa educação não pode ser pensada só no papel, não pode ser um mero “descaso” e sim um alvo de conquista da sociedade brasileira

REFERÊNCIAS

DOLABELA, Fernando. Pedagogia Empreendedora. o ensino de empreendedorismo na educação básica, voltado para o desenvolvimento social sustentável. São Paulo, 1ª Editora de cultura, 2003.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Para onde vai o professor? Resgate do Professor com Sujeito de Transformação. São Paulo, 10ª Ed. Libertad, 2003.
FREITAS, Maria Virginia. Políticas Públicas em Pauta. São Paulo, Ed. Cortez, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo, Ed. Cortez, 1996.
http://www.fundacaobunge.org.br/site/ ACESSO dia 18 de setembro de 2009
http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/ ACESSO dia 25 de novembro de 2009

Cumplicidade entre Professores e Equipe Pedagógica


Carmen Zepechoka FELIPE

RESUMO: O presente tema vem destacar o porquê da falta de cumplicidade entre funcionários do âmbito escolar. Se todos estão envolvidos em um mesmo ambiente com o mesmo propósito que é de educar.

PALAVRAS CHAVES: Cumplicidade – Profissionais da Educação – Educar

Dentro de uma instituição escolar, seja ela qual for deve-se primeiramente identificar a real importância de sua existência, das atribuições que me levaram a estar atuando nela e não podemos esquecer da valorização pessoal que temos a profissão que estamos atuando.
Frente a isso, todos devem estar unidos em prol de uma só função que neste caso é de educar e fazer desta, uma mediação constante de profissionais, que compartilhem entre si experiências, conhecimentos, relatos e até exemplos de vida a serem seguidos.
Isso resultará na construção de uma equipe integrada que se una no planejamento de ações criativas, que sejam cúmplices na resolução de imprevistos, que assumam riscos ao planejar novas conquistas, de ousar em seu dia-a-dia, e como conseqüência realizar um trabalho de qualidade, com profissionalismo e reconhecimento.
È a falta de relação profissional, da integração entre todos, que em muitas escolas gera falta de resultados ou um retrocesso de ideais.
Isso engloba todos os envolvidos no processo educativo, pois se a diretora não obtiver clareza de suas atribuições a cantina também não funcionará de forma produtiva, assim como todos os outros segmentos da escola.
A cumplicidade entre todos, deve estar presente desde o momento em que se inicia o ano letivo, nas boas vindas, na recepção da equipe de trabalho da cordialidade para com os novos profissionais, e principalmente na junção de idéias novas, no envolvimento para realizar o melhor. Na ousadia de planejar coisas mais criativas, de correr riscos juntos na implantação de uma nova idéia.
Temos que nos desprender de idéias tradicionais e superar a falta de comprometimento com a função que exerce, pelo comodismo do tempo de trabalho e pela relação conflituosa de aceitar ou trocar experiências com outros profissionais. Pensar de novo é viver momentos diferentes.

REFERÊNCIAS:
GEUS, Arie de. Conhecimento e confiança: como fazer com que a equipe sinta-se parte integrante da escola. Revista Profissão Mestre, São Paulo, n. 64, p. 12-13, janeiro. 2005.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pais e professores na busca por uma educação plena


Paola Suzane MADEIRA



RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo principal refletir sobre as responsabilidades e funções dos pais e da escola na educação das crianças/adolescentes. Além disso, discute também formas de como a escola não assumir papéis que não são somente de alçada.



Palavras-chave: pais; educação, escola, responsabilidade.

A relação entre pais e professores na educação das crianças está cada dia mais confusa e complicada, as funções estão trocadas e até as crianças sentem-se perdidas. Os pais se tornam ausentes por um motivo ou outro e acabam por acreditar que seus filhos tem a educação que viria de casa na escola. Não estão atentos às trajetórias de seus filhos e menos ainda participam de seu aprendizado e de seu desenvolvimento; estão ausentes as transformações a que eles estão sujeitos.
Já os professores estão sobrecarregados exercendo a função de pais e educadores, tendo que ensinar desde bons modos e respeito até ao conteúdo programado. Muitos não são preparados para exercer este papel e ficam perdidos perante o seu dever de educador, sem falar nos que desistem da profissão, pois não se acham capazes de educarem jovens e crianças, o que na verdade não é exatamente o seu papel.
Dessa forma, a escola tem, dentre outras funções, garantir o pleno desenvolvimento do educando e prepará-lo para o exercício da cidadania, sendo assim torná-lo consciente de seus direitos e deveres como pessoa, contudo, a família deve participar desse desenvolvimento pois tal responsabilidade é dever do Estado e também da família, por isto é necessária essa parceria.
Porém, para que essa parceria se realize é necessário o comprometimento de todos no processo, estes são professores, alunos, família e coordenação pedagógica.
Garantido o comprometimento, a escola deve adotar uma postura onde não aceite que a família deixe somente por conta dela a responsabilidade da educação das crianças/adolescentes, dessa forma é necessário que a escola se apoie na legislação vigente para que assim tenha argumentos sólidos e incontestáveis. Depois é necessário que a escola promova, de forma dinâmica, a integração das famílias na vida escolar dos alunos promovendo eventos onde os pais se tornem agentes efetivos nas atividades dos filhos e não sejam meros espectadores. Assim, a educação das crianças/adolescentes deve partir de casa, com os responsáveis e continuar na escola num processo contínuo onde todos devem contribuir de acordo com suas funções.
Enfim, observa-se que pais e professores precisam dividir as responsabilidades na criação de uma relação de trabalho que contemple a aprendizagem e a socialização da criança, caminhando juntos para a construção de uma educação plena.

Referências
BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope_web/lei_n9394_20121996.pdf. Acesso em: 23/11/2009

LIMA, R. de. A contradição dos pais. Disponível em:
http://www.espacoacademico.com.br/003/03ray.htm. Acesso em: 24/11/2009.

A questão do saber jurídico da formação de docentes


Elaine Batista ANDRADE


Resumo: A formação continuada dos professores tem sido tema de debates acirrados no meio acadêmico, científico e político abrangendo as esferas públicas e privadas nos diversos entes da federação, pois se trata de uma exigência característica do atual modelo econômico capitalista adotado pelo país. O educador, como qualquer outro profissional precisa acompanhar às exigências do mercado de trabalho, porém, pouco se fala a respeito daquilo que se considera uma verdadeira lacuna em sua formação, a ausência de noção jurídica cujo conhecimento os profissionais da área, especialmente o professor, deve e precisa se apropriar para maior eficácia de sua prática.


Palavras-chave: professor, escola, conhecimento, lei, educação, gestão.


A resolução pacífica de diversos conflitos que ocorrem nas instituições de ensino, em particular nas Séries Iniciais ao Ensino Médio incluídos no Ensino Fundamental, muitas vezes toma rumos drásticos que poderiam ser evitados se o docente tivesse maior conhecimento acerca das Leis que norteiam o Sistema Educacional Brasileiro.
A maioria das instituições particulares de ensino hoje possui Acessoria e Consultoria Jurídica prestadora de serviços na confecção de contratos dos mais variados tipos, é uma vantagem oferecida ao professor cuja necessidade de orientação pode ser buscada a qualquer momento durante o ano letivo, isso pressupõe acompanhamento constante de suas ações desenvolvidas e desafios inerentes, entretanto esbarra em diferentes interesses no que tange aos litígios trabalhistas. Além disso, uma grande parcela desses profissionais sequer tem acesso ao Projeto Político Pedagógico da escola onde lecionam quando o ideal proposto pela Gestão Democrática, outro tema muito abordado, seria que participassem de sua elaboração.
No caso de professores servidores públicos a situação piora bastante, pois a estabilidade os aliena em sua rotina diária, entretanto, a falta de conhecimento ou a estagnação de sua formação reflete em sua prática docente ao se deparar com uma diversidade de conflitos como indisciplina, violência escolar, baixa remuneração, escassez de recursos, de materiais didáticos, morosidade nos processos de políticas públicas que beneficiem a comunidade educacional na qual se insere. Há muita politicagem na administração da gestão, por sua vez esmagada por um sistema burocrático dominante, o qual delimita os espaços de atuação rigidamente estruturados. Cada servidor se restringe às especificidades inerentes ao seu cargo ou função, exercendo apenas as atribuições que lhe competem dentro da instituição, a interação e o debate são meramente formais com hora para começar e terminar. É comum ver rostos cansados e apáticos em congressos e reuniões pedagógicas, não se trata de comodismo, mas de um sentimento de descrença na possibilidade de mudanças que revolucionem o ensino e aumentem seus salários, pois se vive num mundo globalizado onde é somente através do capital que se obtém uma vida confortável e de qualidade.
O Diretor de Escola Pública é herdeiro de um processo de democratização sendo responsável pela atuação junto ao Poder Público, cabe a ele promover a participação conjunta de toda a equipe pedagógica de modo a viabilizar o processo de ensino-aprendizagem. Seria interessante que promovesse ao corpo docente oportunidades de aprimoramento do saber junto às Secretarias por meio de cursos cujas vantagens, além do conteúdo ministrado sejam o de enriquecimento curricular, sua titulação, aumentando assim sua estima como profissional. O Diretor de Escola Privada tem sua gestão muito voltada para as metas de planejamento e qualidade, também não pode “saber” e “promover saber” sob pena de perder seu emprego, mas sofre ao buscar uma forma de conciliação entre uma forma democrática de gerência e o pensamento crítico.
De um lado, a gestão democrática é mais que simplesmente opinar na administração, é também coordenar ações pedagógicas ou elaborar normas de regimento interno e PPP’s, é o único modo pelo qual se possibilita a quebra das estruturas hierárquicas de poder cujo processo de descentralização se iniciou com a Constituinte de 88, mas dentro dos muros da escola ainda persiste. Por outro lado, o conhecimento é o subsídio sem o qual é inviável alcançar as melhorias salariais e recursos para o exercício efetivo de um magistério de qualidade almejado pela sociedade. É através dessa ponte que o educador poderá tomar atitudes cabíveis e percorrer os caminhos legais com civilidade, diplomacia e segurança na tomada de medidas eficazes juntamente com os sindicatos que representam a categoria.
No entanto, esse tipo de curso não é proposto pelo Estado cujo estruturalismo burocrático pode ser ameaçado pelo professorado. Vale ressaltar que a Lei é pública, não deve ficar restrita apenas aos círculos jurídicos, claro que não se pretende aqui entrar na área dos Operadores do Direito, mas é importante que o mínimo de conhecimento jurídico seja estendido para todo o cidadão independente da profissão a qual labora. A escola não pode avocar obrigações condizentes aos pais, responsáveis ou Poder Público sob pena de não conseguir gerenciar tantas atividades cuja esfera ultrapassa seu grau de competência.

Formação Continuada para quê?


Suellen Tavares da SILVA



RESUMO: O presente trabalho busca refletir sobre o processo de formação inicial e continuada dos professores, sendo que um deve ser complementado pelo outro, pois a formação continuada é um processo que visa o aperfeiçoamento dos docentes tendo em vista que os mesmos devem se manter atualizados tanto nos conteúdos escolares, quanto nas metodologias e ainda nos conhecimentos teóricos referentes a identificação de possíveis “dificuldades, distúrbios de aprendizagem” dos educandos.

Palavras chave: formação inicial, formação continuada, processo de ensino aprendizagem.

Tendo em vista que a formação inicial dos professores nem sempre garante uma prática que tenha bons resultados, busca-se através do processo de formação continuada melhorar a qualidade no ensino.
Contudo, é necessário que haja a colaboração dos docentes neste processo, identificando as necessidades e deficiências de sua própria formação, de sua prática, bem como fatores relacionados ao processo de aprendizagem dos educandos.
Sendo assim, o aprimoramento do profissional deverá ser realizado de acordo com suas necessidades práticas, ou seja, adequado com a realidade deste docente e de sua turma. E ainda visando a aplicação destes conhecimentos, pois a maioria das capacitações oferecidas aos profissionais são apenas conhecimentos teóricos pouco prováveis para aplicação, melhoria do ensino e motivação do professor.
Deve-se valorizar também a troca de experiências entre os professores, pois as vivências do cotidiano escolar pode embasar de forma consistente a prática docente.
A partir da qualidade da formação do professor, é possível considerar e assegurar um processo de formação de qualidade ao educando, pois este docente terá conhecimentos teóricos e metodológicos para a realização do trabalho pedagógico.
Os conhecimentos teóricos é que fundamentam os profissionais para identificar possíveis dificuldades e/ou necessidades educativas dos estudantes. Assim, é que se pode garantir de forma adequada a aprendizagem dos mesmos.
Assim, pode-se dizer que a formação é um processo contínuo, que envolve todo e qualquer profissional, mas principalmente os professores, já que este deve manter-se atualizado nos conteúdos escolares, bem como nos aspectos relacionados a educação, ao processo ensino aprendizagem, etc.
Neste sentido, faz-se necessário ainda que todos os segmentos da educação, ou seja, professores, pedagogos, orientadores, supervisores, coordenadores, diretores, incluindo ainda a equipe de apoio escolar, tenham a oportunidade de ter uma formação contínua, para que assim possam realizar um trabalho conjunto e ainda mais eficaz.
As capacitações devem ocorrer sempre que se identifique necessidade e/ ou haja a oportunidade para tal. Podem acontecer tanto no ambiente escolar, em momentos propiciados pelos gestores, quanto fora dele ministrados por docentes especializados, etc.
A formação continuada, tem como objetivo aperfeiçoar as competência e habilidades dos professores, visando a melhoria da qualidade do processo de ensino aprendizagem.
Assim, é possível afirmar que através desse processo de formação contínua, é que se adquire fundamentação teórica e prática para a realização e consecução dos objetivos almejados pelos profissionais da educação. No entanto, ainda é necessário que as capacitações dos professores tenha conteúdos mais práticos e aplicáveis a sua prática profissional.
É necessário ressaltar ainda, que o processo de formação dos educadores deve favorecer a construção da identidade do profissional docente, e ainda valorizar a reflexão dos mesmos sobre os conteúdos estudados, tornando-os sujeitos do processo educacional, conscientizando-os para o fato de que seus educandos também devem ser formados nesta perspectiva.


A Escola e o Envolvimento da Família



Thaís Caroline Pessoa de Moura dos SANTOS



Resumo: O presente texto trata do envolvimento da família na vida escolar da criança, na relação dos pais com a educação e o acompanhamento escolar de seus filhos, que é tão importante para o desenvolvimento, tanto cognitivo, como emocional dos alunos.

Palavras-chaves: Escola; família; educação; participação.

Uma das questões levantadas por profissionais da educação é sobre o envolvimento dos pais na vida escolar dos alunos. Nota-se que muitos colocam a responsabilidade de educar somente para a escola, esquecendo-se da importância de acompanhar o desenvolvimento dos filhos em casa, além de deixarem para ela responsabilidades que não lhe cabem. É necessário esclarecer que a educação é um processo contínuo, que deve vir da casa, da sociedade para a escola, que só irá formalizar o ensino.
Muitos utilizam de argumentos como a falta de tempo, pois trabalham muito, etc. Se olharmos legalmente, os pais tem o dever de educar seus filhos, que as empresas devem dispor tempo para que estes possam ir até a escola para reuniões de pais, sendo que a escola poderá fornecer uma declaração para comprovar a ida do pai até lá. Sabemos que essa informação ainda não está bem clara para os pais, ou melhor, não é divulgada, o que ajudaria, e muito, nos momentos de necessidade de reuniões com os pais ou responsáveis.
Outra problema que vemos é que a escola acabou tomando para si essas responsabilidades, ao invés de incentivar os pais e, agora que a coisa apertou, querem colocar para os pais novamente a responsabilidade. É muito fácil incutir um costume, o difícil é tirá-lo...
Essa falta de envolvimento acaba por afetar os alunos, trazendo transtornos de aprendizagens, comportamentais e psicológicos. Muitas vezes os alunos apresentam problemas de disciplina porque querem a atenção e não porque são indisciplinados, outros acabam tendo problemas cognitivos por não terem o apoio em casa e muitos apresentam problemas psicológicos por falta de afeto, atenção. Por isso vemos tantas crianças encaminhadas para psicólogos, psicopedagogos e neurologistas, sendo que, se houvesse momentos entre pais e filhos em casa, muitos não precisariam desses profissionais.
Com tudo isso, o que podemos fazer para que os pais se envolvam mais? Como podemos mostrar-lhes a importância deles na vida escolar de seus filhos? É necessário trazer os pais até a escola e realizar atividades que envolvam pais e filhos... por que não um dia de jogos entre pais e filhos? Trazer o pai para a realidade escolar é uma das melhores maneiras de se fazer uma parceria com eles, pois eles irão sentir que fazem parte do ambiente.
Além de fazê-los sentirem-se parte do ambiente, você pode fazê-los participarem de discussões relacionadas a pais e filhos, deixando sempre um canal aberto de relacionamento, via e-mail ou telefone, para esclarecimento de dúvidas e sugestões.
Sendo assim, a própria escola tem de mostrar coesão e transparência, trabalhando em equipe, entre si, e em relação à família de seus alunos. É muito importante que haja coerência entre o que os pais e a escola fazem na educação de crianças e adolescentes, principalmente nas questões que podem prejudicar a construção do cidadão ético, feliz e competente que vai assumir o país em que estamos lhe deixando.


Pais que não educam seus filhos


Roseni S de OLIVEIRA


Resumo: O presente texto trata dos pais que atribui a responsabilidade de educar para a escola isentando-se de seus deveres enquanto pais. Na relação de pais escola na educação de seus filhos não existem mágicas milagrosas essa relação é paulatina.Família e escola devem estarem em sintonia sempre para que se possa ter um objetivo esperado que é formar e educar.

Palavras chaves: Educação, família, escola

O referido texto trata de uma problema comum nas escolas nos dias de hoje, já que cada vez mais os pais estão em busca da sobrevivência, vivemos num mundo consumista em busca de ter e possuímos mais e com isso os filhos estão cada dia mais nas escolas e a educação num todo também tem se transferido para os profissionais da educação, isentando muitas vezes a família de sua responsabilidade.
Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como falta de limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos alunos. Nunca se observou tantos professores cansados, estressados e, muitas vezes, doentes física e mentalmente. Nunca os sentimentos de impotência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na vida escolar.
Tendo em vista a falta de limites professores e coordenadores buscam estratégias para amenizar esse problema. Entretanto, observa-se que, até o momento, essas discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo a maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas.
A questão é ate quando a escola vai lutar sozinha, Ou melhor, até quando a escola vai continuar assumindo isoladamente a responsabilidade de educar?
É necessário refletir sobre os papéis que devem desempenhar nesse processo a escola e, conseqüentemente, os professores, mas também não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na formação e educação de crianças e adolescentes.
Enfim é a culpa de não estar presente de forma efetiva e construtiva na vida de seus filhos que faz, muitas vezes, um pai ou uma mãe ignorarem o que se passa com eles. Assim, muitos pais e mães acabam tornando-se reféns de seus próprios filhos. Com receio de contrariá-los, reforçam atitudes inadequadas e, com isso, prejudicam o seu desenvolvimento, não só intelectual, mas também, mental e emocional.
Esses conflitos acabam agravando-se quando a escola tenta intervir. Ocorre que muitos pais, por todos os problemas já citados, delegam responsabilidades à escola, mas não aceitam com tranqüilidade quando essa mesma escola exerce o papel que deveria ser deles.
Para finalizar esse texto é importante ressaltar que, não á receitas prontas ou soluções mágicas,mas apontar caminhos para futuras reflexões e com elas trazer soluções. É preciso compreender, que no momento em que escola e família conseguirem estabelecer um acordo na forma como irão educar crianças e adolescente muitos conflitos serão aos poucos superados. No entanto para que isso possa ocorrer é necessário que haja envolvimento dos pais na vida escolar do seu filho, não apenas para entregas de avaliações ou quando a situação estiver fora de controle. O comparecimento e o envolvimento deve ser permanente e, acima de tudo, construtivo, escola e pais devem estar em sintonia em suas atitudes, já que seus objetivos são os mesmos, Pois só assim estaremos formando e educando.

Escola, esperança de liberdade


Irajá Luiz da SILVA

Resumo: Em geral, o cotidiano das escolas, principalmente nos grandes centros urbanos é bastante agitado e às vezes até tumultuado. São muitos alunos, muitos conteúdos, muita gente para lá e para cá. Nesse contexto, nem sempre é fácil ter clareza do porquê de todo esse trabalho, ou em outras palavras, nem sempre se tem clareza de qual é o papel da escola na sociedade em que vivemos hoje. Os Parâmetros Curriculares Nacionais sinalizam que “...a educação escolar deve possibilitar que os alunos sejam capazes de: compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiça s, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas


Palavras-chave: Escola; ética; cidadania; sociedade; humanidade.



Transformação é a palavra de ordem do século XXI. Em todos os aspectos, do social ao econômico, do político ao comportamental, tudo parece estar fora de controle. Isso porque as coisas do mundo, até mesmo as relações pessoais, vêm se transformando numa velocidade nunca vista na história da humanidade.
Nesses tempos de avanços científicos e de globalização, em que as fronteiras comerciais e financeiras desaparecem, o mercado de trabalho também vive mudanças significativas para se adequar à nova ordem mundial. Analisando o sistema e oportunizando-se para ser seu próprio observador, buscamos respostas que sejam introduzidas como mágicas e/ou como milagres no cotidiano da humanidade, como se fosse uma angustia para aliviar um pouco o peso dos efeitos vivenciados no dia-a-dia. Esquecemos muitas vezes de questionar, onde e como podemos interromper esse processo galopante de conflitos internos que repercutem na exteriorização das atitudes e ações da humanidade.
Talvez, poderíamos propor, assim como tudo é proposto, iniciarmos esse processo nas escolas. Partindo dos princípios éticos e de cidadania; mas não nos projetos de resgate dos valores, até porque, não podemos resgatar algo que não tivemos. Sendo assim, precisaríamos buscar mecanismos para desenvolver esse processo ético e cidadão; através de atitudes sólidas, permitindo experimentar algo não sentido antes. Quando falamos de sentido, sabemos como educadores que somos, que nossos alunos esquecerão tudo que dissermos; mas, jamais esquecerão do que fizermos sentir.
A formação integral do cidadão não diz respeito apenas a atitudes e valores, mas também a conteúdos, considerados na sua totalidade. Na verdade, fatos, conceitos, procedimentos de todas as áreas de ensino estão intimamente ligados aos valores e atitudes humanas. Desse modo, a vida da escola, seja ela na sala de aula, nas reuniões de professores, nos encontros com os pais, seja nos trabalhos feitos pelos alunos respira ética, mesmo se a escola tem atitudes pouco éticas, ou até quando o grupo não têm consciência desse fato. Uma questão importante é compreender que não se trata apenas de montar um curso para se falar de ética com os alunos, mas de viver as situações, os problemas presentes na escola e na comunidade, as aulas de todas as disciplinas a partir de princípios éticos da vida em soci edade. Não adianta fazer discurso sobre as regras gerais de convivência na escola quando a norma é o tratamento desrespeitoso entre as pessoas, assim como não adianta saber como funciona a cadeia produtiva do papel se existe uma prática generalizada de desperdício nas salas de aula. É preciso buscar uma certa coerência entre a teoria, os princípios que se prega e a prática diária.
Do mundo pode-se dizer que é, desde a perspectiva humana, uma totalidade dinâmica de significados e sentidos que, num movimento dialético, é uma construção do homem e, simultaneamente, construtor do homem mesmo. Isso implica que, para uma compreensão do mundo, há que se compreender o homem, o fenômeno humano em sua ampla complexidade, nas suas múltiplas dimensões: religiosa, política, social, científica, tecnológica, ou seja, cultural em toda a acepção da palavra. Na atualidade, há uma crise que perpassa tudo o que é humano, ou seja, a crise de paradigmas que, sem dúvida, é o signo mais forte deste século; jamais a humanidade logrou tantos pr ogressos, não há século mais pleno de realizações na história da humanidade quanto o atual e, no entanto, jamais tivemos igual quantidade de desgraças. A crise de paradigmas que hoje temos presente não é somente um sintoma de desequilíbrios conjunturais, mas reveladora da transição estrutural da ‘sociedade industrial’ para a ‘sociedade da informação’. Além disso, o cotidiano escolar é repleto de situações que podem servir de ‘matéria prima’ para a discussão de questões éticas. É importante que os professores e toda a equipe escolar estejam atentos a essas situações e possam aproveitá-las da melhor maneira possível para provocar reflexões sobre elas, destacando-se os diversos pontos de vista existentes, os conflitos e quais as alternativas para resolvê-los. Mais que isso, não se trata de ensinar aos alunos uma lista de preceitos morais, como devem responder a essa ou aquela situação. No campo do ensino de questões éticas, não cab e a pregação de uma tábua de bons valores. Se o que se propõem como objetivo é o desenvolvimento de cidadãos livre-pensantes, a simples pregação de tábuas de valores torna-se uma contradição. De acordo com esse objetivo, o desafio é possibilitar aos alunos recursos internos e condições objetivas para avaliar as situações em que vivem e fazer boas escolhas tendo em vista uma vida mais justa e solidária entre humanos. Não se pode esquecer também que a construção de uma vida democrática, pautada por princípios éticos, é dinâmica. Evidentemente surgem fatos novos, as pessoas (alunos, professores, pais, funcionários) mudam, existem conflitos diferentes (porque eles nunca deixam de existir) que necessitam ser resolvidos a partir das discussões, do diálogo, criando-se uma tradição no grupo de como fazer isso. A vida democrática não é construída em um dia nem por uma pessoa, ela é feita a cada dia e pelo esforço de cada um para que seja possível um mundo mais justo.
“Aprender a ser cidadão é, entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não violência; aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da comunidade e do país. Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos alunos e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola.” (BR Ministério da Educação - Secretaria de Educação Fundamental. Ética e Cidadania no convívio escolar. Brasília, 2001,pg 13).
Contudo, concluímos que a escola pode nos dar as chaves do processo de libertação, até porque, sabemos que liberdade não é somente estar solto pelas ruas; liberdade é ter consciência e discernimento, é saber interpretar os acontecimentos, interagir com o mundo externo sem ser manipulado ou influenciado pelo poder de interesses diversos, onde muitos se fixam num único observar esquecendo de concentrar-se num bem maior: a vida.


Interação: Uma ponte para o sucesso escolar



Marli Clementino Lopes CLEM


Resumo: O presente texto relata que a interação no âmbito escolar faz a diferença.

Palavra chave: integração, professor, gestor, liderança.


Interação é a capacidade de relacionar com os outros e com o meio em que vive em prol da construção do conhecimento cooperativo. No âmbito escolar é fundamental: gera união, aprendizado, cumplicidade e o diálogo que muito importante no contexto escolar. Essa integração estabelece respeito, trabalho em equipe e não em grupo. Portanto a equipe pedagógica envolvida nesse processo participativo, gera autonomia, criatividade e a possibilidade de interagir seus discentes num contexto de transformação do seu meio e motivação de construir seu conhecimento com criticidade.
Neste convívio o papel do gestor é de suma importância, portanto é uma pessoa que exerce forte influencia sobre os indivíduos da escola. Cabe a ele proporcionar uma ambiente agradável, prazeroso e dinâmico. Enfim, um líder não precisa estar sempre certo, se errar, assuma. Reconheça todos os que fazem parte de sua equipe e primordial seja autêntico e honesto.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Professor: sinônimo de qualidade




Gisele BARROS
Resumo: o presente texto trata da questão da valorização do professor.

Palavras-chave: professor, valorização, respeito.

A valorização do professor tem sido um tema bem discutido. Muito se fala, mas pouco se faz. Todos os motivos que se leva em consideração são reais: a formação inicial deixa uma lacuna na articulação das teorias com a prática, o que deixa marcas no trabalho direto com os alunos, a baixa remuneração faz com que os próprios professores não se dêem o devido respeito e valorização, pois não desempenham sua função com total dedicação, dando margem para essa desvalorização, além da falta de formação continuada de qualidade, para que a reflexão sobre a sua prática seja uma constante no cotidiano escolar.
E a pergunta é: e o que fazer para mudar esta condição profissional, tão arraigada no Brasil? Só há um bom trabalho daquele que se sente bem, valorizado e útil. Com respeito nas relações na comunidade escolar, com remuneração adequada, com plano de carreira, com apoio na formação continuada, pode-se mudar esta situação, entendendo que respeitar e valorizar o trabalho dos professores cabe a todos: o diretor, o coordenador pedagógico, os pais, os alunos e os próprios professores entre si.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Escola democrática: estrutura, gestão e participação



Arthur Breno Stürmer
Acadêmico do Curso de Pós-Graduação em Gestão Educacional – EAD – CE/UFSM.



Considerações introdutórias

A construção de uma escola democrática pressupõe uma forma de gestão preocupada com a participação de todos os membros da comunidade escolar – alunos e seus pais, professores, funcionários e direção. Atualmente não se concebe uma escola sem o mínimo de abertura ao diálogo com aqueles que, direta ou indiretamente, contribuem para a consecução do ensino e promoção da aprendizagem. Assim é que a escola, além de estimular a integração interna, deve procurar estabelecer parcerias com organizações comunitárias, ONG’s e outras associações que possam somar esforços e garantir a continuidade do processo de democratização da sociedade e de suas instituições educacionais. Antes disso, porém, os professores, coordenadores, diretores e demais servidores devem estar dispostos a construir a democracia na escola, e esta apresentar as condições institucionais favoráveis à participação.
O primeiro passo desta investigação é verificar a estrutura da gestão escolar; como seus instrumentos institucionais contribuem para a gestão democrática; e o grau de resistência à implementação dessa forma (democrática) de gerir a escola.
A grande dificuldade que se tem hoje é fazer com que os membros que compõem a comunidade escolar atuem de maneira conjunta para decidir sobre as diretrizes educacionais que mais se ajustem ao seu contexto. Existe uma participação muito incipiente dos pais e alunos nas reuniões realizadas pela escola a fim de, por exemplo, construir o projeto político-pedagógico (PPP). O que se esperar, então, de sua avaliação, que é a avaliação de todo um processo de construção de um tipo de homem e de sociedade? O PPP é o documento que dará as diretrizes do ensino e estipulará as normas gerais da educação que acontece dentro da escola, logo é de suma importância que seja resultado da negociação entre a maioria da comunidade escolar.
Este trabalho visa a esclarecer alguns pontos considerados fundamentais à construção de uma escola democrática, tais como o conhecimento de como se estrutura sua gestão, bem como o conhecimento que possuem os professores, assistentes e membros dos órgãos deliberativos da escola a respeito dos principais instrumentos de gestão democrática. Será considerado como campo de estudo apenas a realidade das escolas públicas catarinenses, onde a construção de escolas democráticas ainda está dando os primeiros passos.
Os parágrafos seguintes discorrem, a partir de três subtítulos, sobre o conteúdo teórico e prático que vem sendo pesquisado. Serão apresentados: o conceito de escola democrática e sua estrutura, um breve registro da opinião de especialistas em gestão educacional, a discussão de como se constrói uma escola democrática e, ao final, a discussão dos resultados considerados mais relevantes até o momento.

Desenvolvimento

Conceito de escola democrática

A escola democrática é aquela que está aberta ao diálogo intenso com toda comunidade escolar, sem distinção; procura moldar as formas instituídas de organização da escola ao novo momento de democratização da sociedade e da educação escolar e, necessariamente, precisa criar novos meios de se adaptar ao paradigma da participação. Em uma escola democrática não pode faltar o comum acordo entre os diferentes membros da comunidade escolar, através, justamente, da participação ativa na construção de propostas e alternativas que fortaleçam a união em torno da gestão do ensino.

Estrutura da gestão escolar

A escola tradicional está estruturada de modo reproduzir a divisão do trabalho existente na sociedade capitalista. Por isso, o que competia à administração escolar não se confundia com a coordenação pedagógica, isto é, a estrutura pedagógico-administrativa estava subdividida, como se ambas fossem funções diferentes, cada qual com prerrogativas distintas. Assim, ao diretor cabia deliberar soberanamente sem consultar os professores e a estes era reservada a tarefa de cumprir ordens e diretrizes emanadas do setor administrativo da escola e das secretarias de educação, de maneira verticalizada.
Por outro lado, a estrutura de gestão de uma escola democrática pressupõe a reativação ou mesmo a constituição de mecanismos de participação, a exemplo dos colegiados, que devem assumir funções não apenas de apoio à direção, mas de consulta quanto à sua opinião e participando nas deliberações sobre assuntos que remetam ao cotidiano escolar. Essa caracterização renovada dos colegiados conduz a um olhar sobre eles enquanto órgãos efetivos de gestão colegiada, abandonando os estereótipos de simples associações de intercâmbio com a comunidade local e arrecadação de recursos ou meras agremiações voltadas apenas ao lazer e integração do estudante.
Os órgãos de gestão colegiada têm como elemento unificador de esforços o projeto político-pedagógico (PPP), que é construído de modo coletivo e, portanto, atendendo aos requisitos de participação da comunidade escolar. Para Zilah Veiga (2001), as instâncias colegiadas da escola devem ser analisadas tendo como pano de fundo uma concepção particular do PPP, cujo alicerce é o princípio da construção coletiva. Parte-se, assim, da idéia de que a gestão colegiada se fundamente nas disposições constantes no PPP da escola, a qual se institucionaliza, portanto, com a anuência da comunidade escolar.

A construção da escola democrática

A escola democrática caracteriza-se por manter uma gestão democrática, a qual inicia com a construção do PPP e sua respectiva execução. Esta concepção é considerada de difícil aplicação, como a entende Ilma Veiga (2002, p. 18): “a gestão democrática, no interior da escola, não é um princípio fácil de ser consolidado, pois se trata da participação crítica na construção do projeto político-pedagógico e na sua gestão.” (grifo nosso). Para a autora, o PPP figura como o instrumento por excelência da construção de uma escola democrática, pois exige a participação de toda a comunidade escolar para definir os rumos da escola. Deste modo, e simplificando, construir o PPP e geri-lo equivale à gestão democrática da escola.
Zilah Veiga (Ibidem, p. 115) observa que a gestão do PPP não pode ser feita reunindo-se toda a comunidade escolar cada vez que se precisa decidir sobre um assunto relevante para a escola. Daí a necessidade de se criar órgãos de gestão que resguardem a representatividade, continuidade e legitimidade da gestão democrática.
Há muitas dúvidas sobre os órgãos de gestão (colegiada) ou colegiados, pois cada escola tem liberdade de criá-los de forma a melhor atenda aos objetivos de seu PPP, bem como elaborar o respectivo estatuto, assim adaptando-o às condições concretas da escola. É assim que Paro (2006, p. 161) compreende a administração escolar democrática:

“A Administração Escolar, em sua forma democrática e cooperativa, não é algo pronto, que se possa aplicar como uma receita (...). Embora se tenha presente que a autoridade deve ser compartilhada por todos, o que supõe formas coletivas ou colegiadas de gestão escolar, não é possível estabelecer a priori, com precisão, qual a forma mais adequada dessa administração.” (grifo do autor)

Para a presente investigação, a reativação dos mecanismos de participação (conselhos, associações, assembléias, conferências e outros) é a maneira mais eficaz de aproveitar práticas já existentes na escola para, tendo um ponto de partida, ressignificá-los diante do novo contexto de implementação de uma gestão democrática e construção de uma escola do mesmo tipo.

Considerações finais

Conforme dados colhidos junto a professores de escolas públicas catarinenses, percebe-se que os órgãos de gestão colegiada existem, mas não possuem função ativa na gestão, assim como o projeto político-pedagógico (PPP) é um instrumento pouco utilizado no planejamento cotidiano das atividades escolares. Logo, há uma participação razoável de apenas alguns docentes nesses órgãos, entretanto em sistema de revezamento na condução dos conselhos escolares e associação de pais, mesmo desconhecendo o estatuto que rege cada órgão.
Surge, então, a primeira resistência à construção de uma escola democrática: a participação incipiente dos próprios servidores nos colegiados, embora seja tarefa que faz parte de seu trabalho e para a qual percebem um salário (Paro, 2000). Depois, a dificuldade se refere à estrutura de gestão já consolidada na escola, onde os órgãos de gestão colegiada figuram como meros apêndices da direção, logo dependentes e sem autonomia.
Como se pensar uma escola democrática se o seu principal instrumento de gestão, o PPP (Veiga, 2002), é construído por sujeitos que ainda não conquistaram o grau necessário de autonomia frente à direção da escola? Onde o desconhecimento generalizado da função dos colegiados não resguardam, como entendido por Zilah Veiga (2001), a representatividade, continuidade e legitimidade necessárias à gestão democrática?

Referências:

PARO, Vitor Henrique. Administração escola: introdução crítica. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

______. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000.

VEIGA, Zilah de Passos Alencastro. As instâncias colegiadas da escola. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro & RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.) Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 5. ed. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 113-126. (Col. Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: ______. (org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 15. ed. Campinas, SP: Papirus, 2002. p. 11-35. (Col. Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Diretor e a Equipe Escolar


O sucesso de uma escola está intimamente ligado ao bom relacionamento entre o diretor e o corpo docente, quanto mais afinada essa relação, maiores as probabilidades de bom rendimento nos trabalhos pedagógicos, facilitando o aprendizado dos alunos.
Um dos maiores e mais importantes desafios do diretor de uma unidade escolar, seja fomentar o espírito de equipe entre os professores e funcionários da escola, ou seja, fazer a transição de um grupo para uma equipe escolar. Existe uma diferença entre um grupo e uma equipe: um grupo pode ser comparado a pescadores, todos realizando suas tarefas de forma isolada com objetivos individuais (mesmo que a tarefa seja semelhante). Por outro lado, a equipe se assemelha aos remadores de um barco, onde cada elemento realiza sua tarefa (que pode ser semelhante ou não) visando atingir o mesmo objetivo.
Esses conceitos têm muita aplicabilidade na educação, metaforicamente os professores podem ser comparados aos remadores do mesmo barco. Quando isso acontece está instalado o espírito de equipe, em que todos os elementos da escola trabalharão para atingir as metas estabelecidas no plano escolar, culminando em bons resultados obtidos pelo alunado.
Quando a equipe funciona em harmonia, o trabalho do diretor se torna menos árduo, porém, não menos importante. A ele cabe a função de oferecer suporte, tanto pedagógico como material, para que os professores desenvolvam seus trabalhos da melhor maneira possível, cobrar e trabalhar junto com a equipe para que as metas sejam alcançadas, proporcionar momentos de liderança aos professores (todos eles), estabelecer a ligação entre escola e comunidade suprindo, dentro do possível, algumas de suas necessidades.
Administrar uma escola é uma empreitada complexa, nesse contexto a gestão participativa assume papel fundamental. A figura do diretor centralizador, autoritário e conseqüentemente temido por alunos, pais de alunos, funcionários e até mesmo por professores, aquele que apenas cobra resultados, mas não contribui efetivamente para que eles aconteçam, que está preocupado apenas com a boa reputação de sua escola, principalmente no que diz respeito à disciplina, e não com o conteúdo trabalhado dentro dela não deve, ou não deveria ter mais espaço.
O gestor moderno tem sua liderança reconhecida naturalmente, através da sua conduta, seu relacionamento com todos os integrantes do universo escolar e de seu conhecimento nos mais variados assuntos que permeiam esse universo.
Alex Batalha Machado
(Professor de educação física efetivo da rede estadual de São Paulo.
Desenvolve um trabalho de combate a obesidade infantil.
Cursando Pedagogia - Gestão escolar)

Funções do Diretor Escolar


Atualmente não cabe mais ao Gestor Escolar (Diretor) uma postura autoritária, na qual só ele define, opina, resolve.
O gestor moderno deve aliar conhecimento, habilidade, jogo de cintura e até ousadia.
Não deve se intimidar em inovar, em arriscar-se para obter sucesso em seus empreendimentos.
Hoje, toda comunidade escolar participa das decisões da escola, é chamada a Gestão Democrático - Participativa, onde se houver acerto, todos acertam juntos e se houver erro, todos erram junto.
O Gestor Escolar tem diversas atribuições: Administrativas, Pedagógicas e Sociais.
A seguir, as principais atribuições do diretor escolar:
- Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
-Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
-Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
-Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
-Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
-Coordenar a elaboração do plano de Ação Do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
-Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
-Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
-Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
-Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após, encaminha-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;
-Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;
-Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar;-Deferir os requerimentos de matrícula;
-Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para homologação;
-Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos discentes;
-Assegurar os cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades estabelecidos;
-Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
-Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;
-Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
-Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;-Presidir o o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
-Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional;-Articular processos de integração da escola com a comunidade;
-Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
-Organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação ~ Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado de Educação, contida no Plano de Curso;
-Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;
-Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;
-Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilinguístico da língua Estrangeira Moderna, pelos Centro de línguas estrangeiras modernas - CELEM;
-Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
-Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
-Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação /MEC - FNDE;
-Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Diante de tantas funções e atribuições, nota-se que o gestor escolar deve agir como líder, pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipe.
Um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda sua equipe, fazendo com que esta sinta-se capaz de transformar e realizar com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela instituição de ensino.
Para conduzir sua equipe o gestor competente sempre tem uma propósito a ser concretizado e uma estratégia de ação para conquistar seus objetivos. Esse é o ponto de partida para que as ações da equipe escolar sejam bem sucedidas e quando uma de suas estratégias falha, o gestor escolar incentiva sua equipe a descobrir o que é necessário fazer para dar um passo a diante.
O gestor escolar deve ter consciência de que sua equipe não limita-se a alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Estilos de liderança



Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação, e dirigida através do processo da comunicação humana a consecução de um ou mais diversos objetivos específicos.

Teoria dos estilos de liderança são as teorias que estudam a liderança em termos de estilos do comportamento do líder em relação como ele lidera seus subordinados, ou seja, os procedimentos e as técnicas que ele utiliza para liderar sua conduta. Refere-se aquilo que o líder faz, o seu estilo de comportamento para liderar.

Segundo esta teoria existe três tipos de lideranças: a autocrática, a democrática e a Laissez- Faire.

Na teoria autocrática a ênfase é centrada no líder, o qual foca as diretrizes sem qualquer participação do grupo, determina providencias e as técnicas para execução das tarefas.

Na teoria Democrática a ênfase é no líder e nos subordinados. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulando e assistidas pelo líder. O próprio grupo esboça as providencias e as técnicas para atingirem o alvo esperado ou a meta principal da empresa.

Na Laissez-Faire não há envolvimento com as atividades da área de seus funcionários e exerce pequenas influencias, conhecido como “ deixar rolar”, tendo portanto, menor visibilidade por parte dos funcionários.

Não se pode afirmar ao certo qual das teorias seria a melhor utilizada em situações extremas ou de perigo. Porém, dentro de uma empresa, ou dentro de um país, sabe-se que a democracia prevalece, pois é de suma importância a opinião de todos para a melhoria de alguma questão.


Que tipo de líder é você?





Por que profissionais excelentes deveriam querer trabalhar com você?
Você reconhece um profissional excelente quando vê um?
Você consegue encontrar profissionais excelentes que não estão procurando por você?
Você é excelente ao ensinar pessoas excelentes como seu time funciona e alcança a vitória?
Você é tão exigente com as pessoas quanto você é consigo mesmo?


O que faz um líder
1- Um líder tem que mostrar Curiosidade. Ele deve ouvir pessoas que estejam fora do círculo do “Sim, senhor”. Se ele não testa suas crenças e opiniões, como ele sabe que está certo? A falta de habilidade em ouvir é uma forma de arrogância. Isso pode parecer que ou você acha que sabe tudo, ou que você simplesmente não se importa.
2- Um líder deve ser Criativo, fazer algo que ninguém imaginaria, algo realmente diferente. O famoso pensar fora da caixa. Líder é administrar mudanças – não importa se você lidera uma empresa ou um país.
3- Um líder deve Comunicar. Eu não estou falando de fazer fofoca ou de soltar grunhidos. Estou falando sobre encarar a realidade e falar a verdade.
4- Um líder deve ser uma pessoa de Caráter. Isso significa saber a diferença entre certo e errado e ter coragem de fazer a coisa certa. Abraham Lincoln disse uma vez, “Se você quer testar o caráter de um homem, dê poder a ele”.
5- Um líder precisa ter Coragem. Presunção não é coragem. Falar alto também não é coragem. Coragem é o comprometimento de sentar numa mesa de negociação e falar.
6- Para ser um líder você precisa ter Convicção – um fogo dentro de você. Você tem que ter paixão. Você tem que real e profundamente querer fazer algo até o fim.
7- Um líder deve ter Carisma. Carisma é a qualidade que faz com que pessoas queiram ser suas seguidoras. É a habilidade de inspirar. Pessoas se inspiram e seguem um líder porque elas confiam nele.
8- Um líder deve ser Competente. Você tem que saber o que você está fazendo. Mais importante que isso, você precisa se cercar de pessoas que saibam o que estão fazendo.
9- Você não consegue ser um líder sem ter senso comum (common sense).
O maior C é de Crise. Líderes não nascem líderes, são criados. A liderança é lapidada em tempos de crise.