quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pais e professores na busca por uma educação plena


Paola Suzane MADEIRA



RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo principal refletir sobre as responsabilidades e funções dos pais e da escola na educação das crianças/adolescentes. Além disso, discute também formas de como a escola não assumir papéis que não são somente de alçada.



Palavras-chave: pais; educação, escola, responsabilidade.

A relação entre pais e professores na educação das crianças está cada dia mais confusa e complicada, as funções estão trocadas e até as crianças sentem-se perdidas. Os pais se tornam ausentes por um motivo ou outro e acabam por acreditar que seus filhos tem a educação que viria de casa na escola. Não estão atentos às trajetórias de seus filhos e menos ainda participam de seu aprendizado e de seu desenvolvimento; estão ausentes as transformações a que eles estão sujeitos.
Já os professores estão sobrecarregados exercendo a função de pais e educadores, tendo que ensinar desde bons modos e respeito até ao conteúdo programado. Muitos não são preparados para exercer este papel e ficam perdidos perante o seu dever de educador, sem falar nos que desistem da profissão, pois não se acham capazes de educarem jovens e crianças, o que na verdade não é exatamente o seu papel.
Dessa forma, a escola tem, dentre outras funções, garantir o pleno desenvolvimento do educando e prepará-lo para o exercício da cidadania, sendo assim torná-lo consciente de seus direitos e deveres como pessoa, contudo, a família deve participar desse desenvolvimento pois tal responsabilidade é dever do Estado e também da família, por isto é necessária essa parceria.
Porém, para que essa parceria se realize é necessário o comprometimento de todos no processo, estes são professores, alunos, família e coordenação pedagógica.
Garantido o comprometimento, a escola deve adotar uma postura onde não aceite que a família deixe somente por conta dela a responsabilidade da educação das crianças/adolescentes, dessa forma é necessário que a escola se apoie na legislação vigente para que assim tenha argumentos sólidos e incontestáveis. Depois é necessário que a escola promova, de forma dinâmica, a integração das famílias na vida escolar dos alunos promovendo eventos onde os pais se tornem agentes efetivos nas atividades dos filhos e não sejam meros espectadores. Assim, a educação das crianças/adolescentes deve partir de casa, com os responsáveis e continuar na escola num processo contínuo onde todos devem contribuir de acordo com suas funções.
Enfim, observa-se que pais e professores precisam dividir as responsabilidades na criação de uma relação de trabalho que contemple a aprendizagem e a socialização da criança, caminhando juntos para a construção de uma educação plena.

Referências
BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope_web/lei_n9394_20121996.pdf. Acesso em: 23/11/2009

LIMA, R. de. A contradição dos pais. Disponível em:
http://www.espacoacademico.com.br/003/03ray.htm. Acesso em: 24/11/2009.

2 comentários:

  1. Olá Paola

    Realmente, a educação plena só ocorre com a clareza dos papéis entre escola e família... professores e pais.
    Sua reflexão corresponde a muitas angústias que se são notadas no cotidiano da escola.
    De fato, como você coloca no final de seu texto, "pais e professores precisam dividir as responsabilidades na criação de uma relação de trabalho que contemple a aprendizagem e a socialização da criança".
    Nesse sentido, como o gestor escolar pode atuar para construir um clima de cooperação e divisão adequada das responsablidades e funções entre escola e família?

    Professor Alexandro Muhlstedt

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  2. O gestor escolar, precisa despertar a consciência da função da escola no contexto social. Deixando a família, praticar o real teor de sua existência, até porque, é a base sólida para o apropriamento do conhecimento do aluno. Quando isso acontece, o clima cooperativo flui naturalmente, onde cada um faz o seu papel e na união dos esforços, resultam no crescimento formal e não formal do aluno.

    Paola Suzane Madeira

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